Compartilhar no WhatsApp


Certa vez, Charles Darwin disse que “não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta às mudanças”, então, parafraseando ele, “não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que” é mais apto a aprender com as experiências de vida. Sendo assim, falar sobre resiliência é falar sobre a arte da superação e da arte da memorização.

Mas o que memória tem a ver com resiliência? Memória remonta às faculdades mentais, à conservação de episódios vividos “conscientemente”. Ou seja, é a memória que localiza o ser humano no espaço-tempo. Associar resiliência à memória é tentar entender que o ser humano é um ser contextual, inserido numa comunidade e cercado de fatos e episódios históricos, sendo que alguns desses episódios podem ser bons ou podem ser ruins.

Nesse viés, fica mais fácil visualizar a memória como base fundamental para a resiliência. A resiliência, por sua vez, é uma capacidade do ser humano, logo, ela depende de uma ação, de uma atitude pessoal. Ou seja, a capacidade de resiliência é fruto da capacidade de ação no aqui e agora social. Então, resiliência é algo individual que independe de outras pessoas.

Ser resiliente é na maioria das vezes superar o contexto contrário às nossas ações, à oposição de determinadas pessoas (até mesmo daquelas que mais gostamos), à nossa verdadeira vontade em certos momentos etc. Isso ocorre, porque ser resiliente pressupõe usar as experiências de vida à nosso favor, trazendo “à memória aquilo que pode nos dar esperança”.

Se determinada situação causou más lembranças, essas, por sua vez, podem servir como motivadoras para a superação, para que possamos nos lembrar de fazer as coisas diferentes do passado ou já prevermos ações futuras com base nas ações passadas e até mesmo nos auxiliar na tomada de decisão orientada à um cenário que já aconteceu antes e que já sabemos como será o seu resultado e as suas consequências.

A partir do uso inteligente das memórias que doem, que nunca são esquecidas, é possível sim construir uma escada de superação, onde cada degrau corresponde a uma dor que rapidamente vai sendo superada e fica só no terreno da memória. Mas que não é mais uma dor física e emocional, e sim um arsenal poderoso para avançar mais e mais rumo à vitória. Resiliência é sobre memória, mas memória é sobre resistência.

 

Por Michele Souza

 

Por que resiliência é sinônimo de resistência?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *